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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Suicídio a luz da lua

O vento no topo era mais forte. Meu cabelo rodopiava com cada lufada de ar. Meu vestido branco, agora já sujo pela areia, rasgado pelas pedras e molhado de sangue; parecia uma bandeira de paz... paz era o que eu sentia naquele momento. O mar a beirada da montanha com sua espuma límpida lembrava-me o champanhe doce e comemorativo. "Brindemos". A luz da lua refletida na imensidão do mar tornando-o um espelho prateado infinito. "Pequemos". As estrelas traziam lembranças boas, brilhavam sem compromisso, brilhavam por brilhar. "Sentimos". Aquela noite era especial. As marolas em seus movimentos fatídicos e repetidos lascando as pedras em que tocava, sempre persistentes, sempre fortes, sempre límpidas. Olhei para baixo, para o mar e para o reflexo tortuoso da lua. Pude ver meu reflexo no espelho de prata, pude ver meu interior... corroído, podre, escurecido pelo tempo... eu era a pedra, o mar e as estrelas... sempre forte, sempre persistente, sempre bril