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Mostrando postagens de julho, 2016

Estrela

Estrela cadente que rasga o manto escuro Onde brilham as estrelas contentes Dê-me um pouco de sua graça Para iluminar meu coração duro. Entre todas vocês serei um brilho, Ou um buraco negro no frio espaço? Tirem-me daqui onde não sou ninguém, Não aguento mais viver de perdas. Sou só mais um carvão Esperando que notem meu ser de'amante. Amar? Oh, não amo ninguém... Não posso... Estrelas não amam Brilham! Preciso mostrar a todos. Suplico-lhe: mate-me, deixe-me brilhar com você.

Raio, relâmpago, trovão

Morri no mesmo instante em que nasci. A saudade é a minha sina. Ele me trouxe para cima Para morrer eternamente. Estou te esperando, E toda vez que tento te alcançar Morro em luz e som. Começando tudo de novo: O raio é o meu início, O relâmpago a minha imagem, O trovão o meu grito. Quando eu finalmente te alcanço Percebo: não sou mais seu Pertenço ao recorrente fim

Girassóis

Seguem o sol, perseguidos Pelo jardineiro e suas regras. Pergunto aos girassóis retorquidos: "Por que amam o que não podem alcançar?" Eles responderam sorrindo amarelo: "Porque nos obrigam a ser assim". O sol se põe e os girassóis se curvam, Choram por sua partida (planejada). Aos primeiros raios de sol Sorriem esperanças Talvez algum dia eles percebam Que o verdadeiro amor É aquele que cuida e rega E que o sol os cega.

Para amigos ou amores

Nunca pensei, quando te olhava de longe, Que conheceria o seu jardim E me apaixonaria pelas tuas flores, Que aos poucos chegariam ao fim. Internamente luto contra a escuridão E a angustiante solidão. Por fora eu enfrento o tempo Que muito nos deixa partir; Roubar de mim os nossos momentos, As nossas fotos não reveladas, Algumas lembranças devastadas. Em um abraço químico Tento segurar a confusão Da nossa bagunçada união.