Nas entranhas da floresta amazônica, muito longe dos limites do reino de Iara, onde a antiquíssima Árvore Cantante crava suas raizes e o Andurá queima, os rios Negro e Solimões nascem em toda sua beleza e esplendor. Escorrem por entre as árvores da Amazônia até, que em um encontro inesperado, se esbarram. A água de ambos os rios nasceram das lágrimas de Jaci e Guaraci, os deuses Lua e Sol, respectivamente. As únicas vezes em que podem se amar é durante a aurora, o crepúsculo e o eclipse. Todas as vezes que isso acontece, as lágrimas de ambos caem sobre a terra durante sua despedida, enchendo os rios-pai do rio Amazonas. O nascimento dos rios vem de muito antes desses encontros e desencontros, vem da criação do universo por Yamamdú. Quando ele havia terminado sua criação, e o povo tupi aprendia com Sumé, Jaci e Guaraci conviviam juntos no céu, mas Tupã, que reinava sobre a Terra, ordenou que Guaraci iluminasse um lado da terra enquanto Jaci cuidava do outro para que Anhan