Eles batiam em caixas e baldes velhos. Eram uma família, talvez de sangue, um ou dois podiam ser amigos ou não. Mas eram uma família, não de sangue, talvez de laços. Estavam cantando e batiam em caixas e baldes velhos. Todos os oito: uma senhora, quatro homens, três mulheres mais jovens e mais um cachorro que estava deitado na grama. Alguns deitados sobre cobertores e outros sentados no chão sob a sombra de uma árvore à beira da rua do centro da cidade. Qual eram as suas histórias?, de onde eram?, por que estavam ali?, por que cantavam? As perguntas me vieram aos montes, eu não sabia se era por curiosidade ou por sentir todo peso do mundo. A música deles era um grito sufocado para serem ouvidos, não serem marginalizados e excluídos. Ou talvez fosse um grito meu de desespero por não saber o que fazer... Eles eram oito. Cantavam e batiam em caixas e baldes velhos. Uma senhora, quatro homens, três mulheres mais novas e um cachorro. Alguns estavam deitados e outros sentados