Muitos são os desafios que encontro pelo decorrer do meu
dia, um dos piores é a ansiedade: ataques de pânico, sudorese, taquicardia,
falta de ar, ansiedade social, insônia. E sem contar a constante sensação de
alerta e medo recorrente.
Faz muito tempo que não passo no psicólogo, posso lhe
apresentar várias desculpas: falta de tempo, porque não encontrei um psicólogo
com o qual me sentisse a vontade, algum que o convênio cobrisse, algum que
desse para pagar, algum que tivesse a agenda vazia. Mas, principalmente, por
falta de vontade.
Meus amigos não aguentam mais as mesmas reclamações – eles
não dizem, mas eu sei que eles não aguentam mais – porque sempre dão os mesmos
conselhos, ou, às vezes, eles não me compreendem e isso é frustrante.
Sempre pensei que fosse encontrar a paz e a calmaria em
outra pessoa, nunca fui de ter muita autoestima e, logo, amor próprio. Sempre
busquei amor nas outras pessoas: errado, abusivo e doentio... Eu sei. Mas
encontrei em mim uma força interior, um pseudônimo, um heterônimo, um alguém
que falasse por mim quando eu não conseguisse, e isso me ajudou bastante.
Fora isso, há momentos em que vejo coisas consideráveis
durante o meu dia que iluminam a parte do meu cérebro onde a ansiedade ataca.
Coisas simples que causam uma epifania e a calmaria me consome: abacaxi.
- H.B.
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